Capítulo 7
-Olha aquele gato que está vindo na nossa direção-sussurrei pra ela.
-Uau!!!


(aqui está ele)


Ele parou em
frente a nós e disse:
-Olá garotas,
posso sentar com vocês?
-Claro!-disse
Kate.
Ele se sentou
entre nós duas.
-Meu nome é
Pietro e o de vocês?
-Eu sou a Kate
e essa é a Luna.
Ele se virou
pra mim e eu acenei pra ele. Ele olhou pra mim com um olhar cheio de
significados, mas eu não entendi.
-Sou novo por
aqui e estou tentando fazer novo amigos.
-De onde você
é?-perguntei.
-São Paulo.
-Que time
você torce?-perguntou Kate.
-Corinthians.
-Retire-se
daqui, por favor-disse Kate.
Ele achou
engraçado.
-Que time
você torce?
Nenhuma
resposta.
Tentei ajudar
o coitado:
-Ela torce
pelo Flamengo e nem me pergunte por que ela odeia tanto o Corinthians porque eu
não sei.
-Ei, Kate,
você viu como foi linda nossa vitória na final da Libertadores?
-Vou comprar
um refrigerante-disse Kate e saiu.
Começamos a
rir.
-E que time
você torce?
-Botafogo e
não tenho nada contra o Corinthians.
-Também não
tenho nada contra o Botafogo, amigos então?-ele estendeu a mão.
-Amigos-
selamos com um aperto de mão.
-Agora que
estamos sozinhos podemos finalmente conversar.
Fiquei
confusa, sobre o que ele iria querer conversar?
-Eu sempre
quis conhecer uma sereia, o cheiro de vocês é tão bom quanto me contaram.
Arregalei os
olhos. Como ele poderia saber? E que historia é aquela de sentir meu cheiro?
-O que foi?
-Como você
sabe?
-Ué, você
deve conseguir sentir meu cheiro também, sabe o que sou.
-Não, eu não
sou quem você pensa, bem, eu sou, mas não sou igual às outras.
-Como assim,
não estou te entendendo.
-Vou te
contar o resumo da minha história:
-Meus pais se
apaixonaram, mas minha mãe não queria levá-lo pra aquela outra dimensão que eu
não lembro o nome, ele tinha tanto futuro pela frente, então ela desistiu da
sua cauda de sereia, mas a sementinha já tinha sido plantada antes disso, por
isso rolou alguma mágica que afetou a mim também e eu acabei sendo mais humana
do que deveria, mas a parte sereia também continuou lá, e essa parte só apareceu há alguns
dias no meu aniversário de quinze anos, e eu não me transformei mais desde
então, parte por medo, parte por que não sabia como, mas eu já descobri o que
devo fazer agora pra minha cauda aparecer, é isso, essa é minha história...
Quando
terminei tive que respirar, não tinha percebido que estava falando tão rápido.
Olhei para
Pietro, ele estava chocado, mas tinha um sorrisinho na boca.
-Incrível!
Então você é uma espécie de meia sereia então?
Afirmei com a
cabeça.
-Mas que
história é essa de sentir meu cheiro?
-Ah, isso, é
uma capacidade que todo ser “sobrenatural” tem, quer dizer deveria ter, vc é
diferente... E cada espécie tem um cheiro diferente, os melhores
são os das fadas, dos anjos e das sereias, segundo os livros.
-Que livros
são esses?
-Minha
família tem uma coleção de diários de diferentes espécies, são muito
informativos sabe.
-Interessante.
Vocês tem um sobre sereias?
-Sim, você
quer emprestado?
-Se não for
incomodar.
-Claro que
não incomoda, venha na minha casa amanhã, depois te dou o endereço.
-Está bem, me
passe seu número do celular.
Ele me disse
e eu o coloquei nos contatos do meu celular.
-Mas, afinal,
o que você é?
-Sou um
metamorfo.
-Um o quê?
-Metamorfo,
eu posso me transformar em muitas coisas, mas não sou muito bom, nunca fica muito
parecido.
-Me mostre.
-Vamos dar
uma nadadinha? Eu posso virar um golfinho rosa se você quiser? E você pode me
mostrar sua transformação.
-Golfinho,
sim. Rosa... Acho que não.
-Achei que
meninas gostassem de rosa.
-Não nos
animais, a não ser que seja um flamingo ou um boto-cor-de-rosa.
-Está bem,
então.
-Mas não sei
se quero me transformar.
-Ah vamos não
seja medrosa, sereias não tem medo de nada.
-Sei.
Meu celular começou a vibrar, peguei-o e era uma mensagem da Kate, ela tinha encontrado um gatinho e ficaria com ele pelo resto da tarde, pediu para que eu deixasse nossas coisas no nosso cantinho do lado da árvore, o lugar de sempre.
Kate e eu tínhamos achado um lugar perfeito para colocar nossas coisas,quando precisássemos deixar elas sozinhas.
-Tá eu vou, mas só se você for colocar minhas coisas e as da Kate atrás daquela arvorezinha ali, aproveita e coloca aquela folha de bananeira que está jogada ali por cima.
-Ok.
Ele se
levantou, tirou a areia do calção e me puxou pela mão para que eu me
levantasse.
Eu levantei e fiquei olhando para o mar enquanto ele escondia nossas coisas.
Mas, de repente eu estava em braços musculosos. Ele me pegou no colo enquanto eu estava de costas.
-O que você
está fazendo?
-Te levando
pra nadar.
-Me ponha no
chão, ou eu vou gritar.
-Está bem.
Ele me pôs no
chão, mas eu senti a água nos meus pés, ela já batia em meus joelhos... Espertinho.
Fuzilei-o com
os olhos.
Ele sorria,
com ar de vencedor.
-Agora vamos
mais para o fundo, onde nós possamos nos transformar.
Desisti de
lutar e o acompanhei.
-Annabel Haze
continua estou ansiosa para ler o resto
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